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Vontade Louca Que me Dá:

terça-feira, 29 de abril de 2014.
Relaxa cara, isso acontece nas melhores famílias.


Então eu deixei de lavar a louça porque a idéia surgiu inevitável. Corri para o quarto, liguei o computador e agora estou aqui...
Alguns pensamentos me dão vontade de me masturbar.
Mas dessa vez eu não fui correndo para o banheiro porque escrever com tesão é uma condição para se postar alguma coisa por aqui.
Eu queria saber, por onde ele anda?
Será que ainda procura “aqueles” homens para satisfazer seus desejos de igual para igual? Ou continua fumando maconha sem saber o mal que isso pode lhe fazer?
Não, mentira, maconha não faz mal. Bem, não quero fazer apologia nem dizer que as pessoas deveriam fumar. Mas é melhor parar de falar sobre isso porque essa idéia me brocha.
Eu me lembrei de quando nos aventurávamos. Éramos BONS exploradores de casas em construção, invadíamos, procurávamos o melhor lugar e eu deixava que a exploração se seguisse, dessa vez por lugares mais íntimos, se é que dá para entender.
Eu costumava fazer isso com ele, talvez porque ainda estava apaixonado, meio cego, sem capacidade de distinção entre o belo e o ridículo... Mas eu passei dessa fase.
Hoje não dá para sentir saudade.
Não dá para querer que tudo isso aconteça mais uma vez.
Não dá para voltar atrás e desejar que o tempo se reprograme para aqueles dias.
Não dá mais para pensar nesse cara, mas eu estou pensando, e o que eu faço com isso?
Meu ideal sempre foi um lance romântico, com mais carinho e palavras ao invés de penetrações e gestos sujos com a boca. Caramba, isso chega a ser assustador. Como pode em determinado momento você se sentir inebriado ao ponto de colocar a boca nos órgãos sexuais de um qualquer?
Yeah... O menino que eu costumava chamar de bebezão acabou se tornando um ninguém em minhas considerações. Vou confessar que poderia ter sido diferente, e se fosse, eu não teria decidido virar a cara dessa forma e fingir que ele não existe mais.
E sim, eu penso agora em largar esse teclado e usar as mãos para reviver aqueles momentos. Mas saber que nada vai passar de sexo e pensar que ele apenas me usaria para satisfazer uma necessidade faz com que eu continue firme nessa decisão.
O problema é que assim, endurecido como estou agora, eu bem queria que ele batesse na minha porta e entrasse segurando aquilo que eu, que loucura, estou com vontade de chupar nesse exato momento.
Tenho meus momentos de cachorro, vadio e vagabundo e estou passando por um deles agora.
Já desisti do sexo e luto contra ele, contra suas possibilidades, há muito tempo, mas ainda não me libertei completamente, por isso preciso escrever. Tenho que escrever para não disperdiçar essa energia que agora eclode em minhas veias, esse calor que me impulsiona a fazer coisas... Ah, se eu pudesse.
Sei que tudo passa e essa vontade acaba em quastão de minutos, é só esporrar e pronto, volto a detestar o sujeito e volto para a realidade também, me arrependendo de ter feito a sujeira.
Mas e agora, enquanto estou latejando de vontade e não consigo fazer nada para reverter essa ereção?
Ele está usando um boné verde, uma camisa rasgada por debaixo do suvaco. Rasgada em baixo do suvaco? Sim, está rasgada e através do furo eu posso ver os pêlos, imaginando o que se esconde mais abaixo.
Parece que ele engordou... Larica, maconha, comeu demais e não foi para academia. Bem que deveria ter feito isso antes, pois eu imagino o quanto seria bom se aquelas gordurinhas não estivessem ali.
Que merda...
Ele usa uma bermuda de maconheiro, sem volume porque nunca foi tão grande assim. Eu detesto meninos que tem o negócio menor que o meu, mas fazer o que, foi o coração que me aproximou dele, antes de eu saber.
Não dá para continuar pois uma visita entrou no quarto.
E para onde foi a vontade?
Ah, muito obrigado. Estou salvo de me imaginar chupando aquele imbecil.
 
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