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Perto do Fim:

sábado, 12 de novembro de 2011.
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Aqui vai a continuação do relato da postagem anterior. Quando o desejo de arrombar as portas do armário de nossa relação me tomou de uma forma descontrolada. E assim, comecei a perder o homem que eu amava...


14:25h >> Roberto, assustado, vestiu sua bermuda em menos de 3 segundos! Segurou a camiseta sobre a cintura para esconder o estado de excitação e olhou para a cara de Fulano que já dizia – Seu irmão está entrando... E em menos de dez segundos depois de tais palavras, Robert estava dentro do quarto.

Eu não estava esperando por isso? Na verdade já me sentia arrependido, não queria expor a mais o meu pobre namorado. Mas precisava ir até o fim e no final das contas acabai fazendo isso contra minha própria vontade.
Levantei-me da cama, deixando o lençol cair por de cima de minha cintura, deixando a mostra a bermuda com os botões abertos enquanto Robert e Fulano não entendiam nada ao ver a cueca branca toda molhada e o volume do meu pênis contornando todo o tecido.
Precisei apenas abotoar novamente a bermuda, na vista deles, para que tudo fosse compreendido. 
Percebi que Robert me olhava com desconfiança, a cena não era o que normalmente acontece entre dois colegas. Estávamos segurando as camisetas, Roberto escondia o pênis e minha calça ainda estava aberta...
Fulano que já sabia o que estava acontecendo tentou disfarçar, começando a falar com Robert sobre a suposta maconha que eles queriam fumar. Robert, por sua vez continuou olhando... Já desconfiava do irmão, mas mesmo evidente a vontade de dizer alguma coisa, não disse nada. Lançou apenas uma expressão do tipo "converso com você em casa" e deixou seu irmão livre para se explicar. Depois do flagra quase que sem saída, ninguém quis falar nada a respeito. Estavam os quatro ali, cada um esperava uma explicação para tal surpresa, mas contornei o assunto antes que alguém começasse a perguntar o que nós estávamos fazendo antes de terem entrado...
“Agora vamos sair, temos uma droga para comprar” Os meninos foram me acompanhando porta a fora e logo estávamos no centro da cidade. “Tem idéia de alguém que possa nos vender?” Ninguém sabia responder. “Então me passem o dinheiro que eu resolvo tudo sozinho” Robert deu-me uma nota de dez reais e eu a gastei com um solvente entorpecedor.
15:02h >> Os irmãos, depois de toda a neurose de pedir a bendita droga, estavam sentados na cama de Fulano, comendo salgadinho e bebendo refrigerante, enquanto eu molhava o solvente e o respirava pela boca. Aquilo parecia forte demais para eles e eles ao menos ousaram provar. Robert gastara à toa o dinheiro.
Enquanto minha mente se transportava para algum outro lugar do universo, meus amigos ficavam olhando, esperando para ver o efeito final de tudo aquilo. Nada que pudesse transparecer, eu já havia aprendido a “segurar a onda”, mas não aconteceu quando me chamaram para ir embora – chegando em casa meus pais brigaram comigo por conta do estado em que eu estava e eu acabei por sair de casa. Para me drogar mais!

Voltei para a casa de fulano, entrando pela janela. Peguei  a lata de Thinner que estava escondida em baixo da pia e voltei a inalar o produto. Fiquei viajando por muito tempo e entre minhas alucinações eu me esquecia de que tinha um namorado e que ele estava em minha cama naquele momento, me esperando para dormir.
Fiquei fora de mim por quase duas horas, sem me dar conta do quanto já tinha usado. Até que Fulano me avisou que aquilo não iria me fazer muito bem, me expulsando educadamente de sua casa.
As ruas pareciam estar andando junto comigo, o tempo parecia se passar em Câmera lenta. As árvores me contavam segredos, o vento me dizia libertinagens, os carros ao meu redor me davam a impressão de que todos ali me ofereciam carona. Eu estava completamente chapado a caminhar pelas ruas em direção a minha casa. Na tentativa de parecer sóbrio na medida em que me aproximava do portão eu andava em zigue-zague achando que estava tudo bem.
Quando terminei de subir as escadas, entrar em casa e olhar o relógio, mal consegui acreditar.
02:15h >> Caramba! O tempo havia se passado como um raio. Abri a porta do quarto e vi o cowboy dormindo. Enlouquecido, minha mão já foi agarrando o cobertor e o puxando para longe. No meio da madrugada,  comecei a gritar com ele.

Continua...
 
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